Como Deus nos Torna Dispostos a Fazer a Sua Vontade - Bruce Anstey
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sexta-feira, 10 de julho de 2020
Três Maneiras de Reagir à Correção do Senhor
Devemos
receber tudo o que entra em nossa vida como uma lição do Senhor. O Sr. Darby
costumava buscar o Senhor quando algo tão pequeno quanto um resfriado comum o
atingia. Isto é bom; mostra sensibilidade à voz do Senhor. O escritor de
Hebreus continua a falar de várias maneiras que podemos reagir à correção do
Senhor.
Primeiramente,
ele diz que não devemos “desprezá-la”
(Hb 12:5). Esta é uma atitude que podemos tomar. Desprezar a correção do Senhor
é ignorar as coisas que Ele permite que aconteça em nossa vida. Uma pessoa pode
ser atrevida e dar de ombros, não reconhecendo que é a mão do Senhor. Neste
caso, certamente perderemos a bênção que Ele tem para nós nisso. Uma pessoa que
tem esta atitude tratará tudo que vem à sua vida como se fosse meramente uma coincidência.
Se Deus permite que sofram um acidente de carro, eles dirão: “Bem, quem nunca
passou por um acidente?”. Se for um braço quebrado, eles dirão: “É apenas um
osso quebrado; todo mundo quebra um osso em algum momento na vida”. Em vez de
indagar seu coração sobre o porquê que Deus permitiu tal coisa, eles a ignoram.
Em segundo lugar, ele diz: “não desmaies” quando repreendido (Hb 12:5). Esta é
outra atitude que podemos tomar nestas coisas. Desmaiar é ficar desanimado.
Aqui, a tendência é reclamar das coisas que o Senhor tem permitido em nossa
vida para falar conosco. Se isto não for julgado, resultará em perder o ânimo e
desistir. Se tomarmos essa atitude em alguma disciplina que o Senhor permitiu
em nossa vida, também perderemos a bênção prática que Ele tem para nós nisto.
Ele
continua a falar da terceira atitude
que podemos ter numa provação – a única apropriada, posso acrescentar – e essa
é ser “exercitados por ela” (Hb
12:11). Quando somos exercitados sobre as coisas que Deus permite em nossa vida
e, a esse respeito, buscamos Sua face, isso trará “fruto pacífico de justiça” em nós.
Existem
três aves que ilustram essas três atitudes. Quando a chuva vem o pato a ignora, deixando a água escorrer
sobre suas penas impermeáveis. Ele é como a pessoa que despreza a correção.
Depois, tem a galinha. Esta ave é
conhecida por não gostar de chuva. Quando chove, ela cisca, se agita e
cacareja. Ela é como a pessoa que desmaia diante das coisas que o Senhor
permite em sua vida. Depois, tem o robin.
Este pássaro americano aceita a chuva e tira proveito dela. A chuva traz
minhocas à superfície, significando que, se ele sair, ele vai se beneficiar
disso. Este é como a pessoa que é exercitada sobre as disciplinas do Senhor em
sua vida e disso recebe um pouco de bem moral e espiritual.
Então, em resumo, há estas duas maneiras nas quais o
Senhor opera para nos tornar dispostos a fazer “a Sua boa vontade” – Seu atrair
e Seu desapegar. Davi disse: “O Teu povo se apresentará voluntariamente
no dia do Teu poder, com santos ornamentos [em santo esplendor – JND]”
(Sl 110:3). Talvez ambos sejam vistos nesse único versículo. Em um dia
vindouro, os filhos de Israel serão voluntários (estarão dispostos) quando o
Senhor agir em poder e em santo esplendor para libertá-los de seus inimigos e
trazê-los para Seu reino. Para nós, eu creio que se simplesmente olharmos para
trás e considerarmos o “poder do Seu sangue”
(Rm 5:9 – JND) em nos libertar de nossos pecados, e também no “esplendor” de Sua santa Pessoa, estaremos
dispostos também. Que Deus nos dê a graça para fazê-lo.
Os Três Sinais de um Embaraço
- Você fica
incomodado e não parece ter paz com ele.
- Você se pega
argumentando a favor dele.
- Você sai por aí procurando pessoas – de preferência irmãos mais velhos – para aconselhá-lo a continuar com ele.
Há
também “pecado” que deve ser deixado
de lado. Este é algo ainda mais sério. Não se trata do o assédio do pecado do
qual algumas pessoas falam, mas sim do princípio de ilegalidade, que é fazer a
nossa própria vontade. (O artigo “o” não está no texto original, o que
indica que não se está falando do assédio de algum pecado específico). Nada nos
impedirá mais de correr a carreira de fé do que o princípio de ilegalidade em
nossa vida – e isso é o que é essencialmente pecado. É triste dizer, mas
estamos acostumados a fazer o que queremos fazer, e não gostamos de alguém
impondo sua vontade em nós. A vontade do Senhor é algo que podemos não estar
acostumados a ter em nossa vida. E se esse for o caso, o Senhor pode trazer a
Sua correção como uma forma de nos ajudar a nos desprender das coisas terrenais
e do princípio de ilegalidade que tão facilmente nos assedia.
Ao
falar sobre as maneiras do Senhor disciplinar, ele enfatiza o fato de que é o
amor que está por trás de tudo o que o Senhor faz. Ele disse: “Porque o Senhor corrige o que ama, e
açoita a qualquer que recebe por filho” (Hb 12:6). Precisamos lembrar que a
mão que segura a vara da correção é uma mão que tem o ferimento dos cravos nela!
Saber que isso vem de um coração de amor nos ajudará a recebe-la d’Ele. Se Ele
aumentar a pressão em nossa vida, é somente porque é necessário. Ele vê algumas
“escórias [impurezas
– JND]” em nós que
precisam ser retiradas (Pv 25:4; Ml 3:3).
Embaraços e Pecado
Note-se que o capítulo não começa com as maneiras do
Senhor corrigir Seu povo. Começa nos exortando a “correr a carreira (corrida)” da fé mantendo nossos olhos no
objetivo diante de nós – Cristo em glória (vs. 1-4). É-nos pedido para “deixarmos todo o embaraço [peso – ARA] e o pecado” que
impediria nossa busca desse objetivo singular único. Sabendo que estamos
bastante ligados aos nossos embaraços e pecado, o escritor menciona uma
motivação a mais: “a correção do Senhor”
(vs. 5-11). Não é uma ameaça; é apenas que o Senhor sabe e entende nossa
incapacidade e falta de poder para deixar de lado estas coisas. É trazido em
última análise para nos ajudar a fazer a vontade de Deus.
Estas duas coisas – embaraços e pecados – para nós,
são um impedimento para realizarmos a corrida. Os embaraços, para estes crentes
hebreus, era a religião terrenal. Os
aparatos do judaísmo, bem como a incredulidade que veio junto com isso, os
estavam impedindo de realizar a corrida da fé a Cristo em glória. Isso os
estava atraindo de volta ao aprisco do judaísmo. Para nós, os embaraços podem
ser outras coisas terrenais. Um embaraço,
a princípio, é qualquer coisa que distrai o coração de se ocupar com Cristo em
glória e arrasta a mente para a Terra. Um embaraço é algo não necessariamente
errado moralmente, mas cativa o coração a nos ocupar com as coisas terrenais.
Pode ser algo diferente para cada um de nós. Para um, pode ser um esporte; para
outro, pode ser música; para outro pode ser algum hobby, etc. Poderiam ser centenas
de coisas. Estas coisas não são moralmente erradas, mas se elas entrarem em
nosso coração, ocupando uma quantidade excessiva de nosso tempo e atenção, é
uma indicação certa de que é um embaraço.
Jovens frequentemente perguntam: “O que há de errado
com esta coisa ou com aquela atividade?”. Mas eles não estão entendendo o ponto
aqui. A Escritura nos diz que todas as coisas que são moralmente corretas nos
são lícitas, mas nem todas as coisas convêm (1 Co 6:12-13). Devemos deixar de lado todo embaraço, não
porque são contrários às regras da corrida, mas porque eles são um impedimento
para correr. Imagine que você foi ver uma corrida que estava acontecendo em
algum lugar, daí você olhou para a linha de largada e viu um corredor
pretendendo competir usando um par de botas de borracha e uma mochila! Então
você vai até ele e lhe diz que aquelas coisas serão um impedimento se ele
quiser acompanhar os outros competidores na corrida. Daí ele diz: “O que há de
errado com as botas de borracha e a mochila? Eu não estou infringindo as
regras!” É verdade, ele não está infringindo as regras, mas ele não será capaz
de correr muito bem na corrida. Ele seria deixado para trás em pouco tempo.
Esse é o ponto exato em que precisamos deixar de lado “todo embaraço [peso – ARA]” em nossa corrida espiritual para o céu.
A maneira mais rápida de descobrir se alguma coisa é
um embaraço em nossa vida é iniciar a corrida! Se você acha que certas coisas
na sua vida são embaraços, pode ser que você não esteja realmente na corrida.
Se você se senta numa cadeira com um peso amarrado ao seu corpo, você não
sentiria os efeitos negativos da gravidade. Talvez esse seja o porquê algumas
pessoas não podem ver por que certas coisas na sua vida são um impedimento.
Se você está lutando com algo em sua vida que você
possa ter ou está fazendo, e está se perguntando se isso é um embaraço, você
pode conferir pelos três sinais a
seguir que o Sr. Hayhoe nos deu anos atrás:
QUEBRANDO AS NOSSAS VONTADES (Desapegando)
Temos observado algumas das maneiras que o Senhor atrai
nosso coração, agora eu quero falar um pouco da maneira que Ele nos leva a desapegar.
Vamos a Hebreus 12:1-11: “Portanto nós
também, pois que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas,
deixemos todo o embaraço, e o pecado que tão de perto nos rodeia, e corramos
com paciência a carreira que nos está proposta, Olhando para Jesus, Autor e Consumador
da fé, O qual, pelo gozo que Lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando
a afronta, e assentou-Se à destra do trono de Deus. Considerai, pois, aqu’Ele
que suportou tais contradições dos pecadores contra Si mesmo, para que não
enfraqueçais, desfalecendo em vossos ânimos. Ainda não resististes até ao
sangue, combatendo contra o pecado. E já vos esquecestes da exortação que
argumenta convosco como filhos: Filho Meu, não desprezes a correção do Senhor,
E não desmaies quando por Ele fores repreendido; Porque o Senhor corrige o que
ama e açoita a qualquer que recebe por filho. Se suportais a correção, Deus vos
trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija? Mas, se
estais sem disciplina, da qual todos são feitos participantes, sois então
bastardos, e não filhos. Além do que, tivemos nossos pais segundo a carne, para
nos corrigirem e nós os reverenciamos; não nos sujeitaremos muito mais ao Pai
dos espíritos, para vivermos? Porque aqueles, na verdade, por um pouco de
tempo, nos corrigiam como bem lhes parecia; mas Este, para nosso proveito, para
sermos participantes da Sua santidade. E, na verdade, toda a correção, ao
presente, não parece ser de gozo, senão de tristeza, mas depois produz um fruto
pacífico de justiça nos exercitados por ela”.
Como podemos ver neste capítulo, o Senhor usa as
disciplinas da vida para nos corrigir e nos desapegar de fazer nossa própria
vontade, a qual é o único impedimento para ter a bênção prática do Senhor em
nossa vida. Como mencionado antes, o propósito de desapegar é frustrar a
vontade da carne. É um processo por meio do qual aprendemos a desistir de fazer
nossa própria vontade e, em vez disso, fazer a d’Ele. Lentamente, pouco a
pouco, pelas correções do Senhor, somos ensinados a respeito do vazio do mundo
e da futilidade de tentar agradar a nós mesmos. Por divina graça, somos levados
a ver que não faz sentido continuar de outra maneira, a não ser fazendo a
vontade de Deus.
O principal instrumento que o Senhor usa para nos desapegar
é a aflição, como mencionada em Salmo 119:67. Há algo sobre a aflição que nos
faz sentar e prestar atenção. O Senhor não tem nenhum prazer em usar aflição
para nos desapegar, mas Seu amor O obriga a fazê-lo. No livro de Lamentações é
dito: “Ainda que entristeça a alguém,
usará de compaixão, segundo a grandeza das Suas misericórdias. Porque não
aflige nem entristece de bom grado [do Seu coração – KJV
nota de rodapé] aos filhos dos
homens” (Lm 3:32-33). Seu coração não tem prazer nisto, mas Ele sabe que é
necessário para o nosso bem espiritual, e Seu amor O leva a fazê-lo.
O Senhor sabe como nos tornar dispostos por meio das
disciplinas da vida; Ele não comete erro sobre isto. Lembro-me de ter ouvido
uma história de uma garotinha que não queria comer ervilhas no jantar. Depois
de vários encorajamentos e exortações de seus pais, seu pai olhou diretamente
em seus olhos e disse: “Você quer comer as ervilhas ou você quer ir para o seu
quarto para conversarmos?”. Ela sabia o que implicava ir ao quarto para
conversar, então ela sentou-se em sua cadeira e disse: “Acho que vou comer as ervilhas”.
Sabe, até o pensamento de ter a mão disciplinadora do Senhor sobre nós deveria
ser o suficiente para nos levar a considerar seriamente sobre não fazer algo
que sabemos que não agradaria a Ele. Devemos passar o tempo de nossa jornada
aqui em “temor” (1 Pe 1:17). Esse é
o temor de fazer algo que desagradaria nosso Pai.
A principal razão de o Senhor ter de nos desapegar por
meio da correção é que nossas vontades são muito fortes. Ele sabe como quebrar
nossas vontades e abrandar nosso coração. Ele usa tanto o Seu atrair quanto o
Seu desapegar. Acredito que ambos os processos acontecem ao mesmo tempo, e Ele
está fazendo tudo isso porque quer nossa atenção! Essa foi uma das últimas
coisas que Christie Coleman me disse antes de o Senhor a levar para Si. Ela
disse: “O Senhor quer nossa atenção”. Eu posso acrescentar que Ele não vai
parar até obter nossa atenção. Ele pagou um preço muito grande para nos deixar
seguir o nosso próprio caminho e desperdiçar nossa vida em coisas passageiras
do tempo que não são de nenhum valor eterno – coisas que não nos fazem felizes,
de maneira alguma.
Assim como no atrair, o desapegar é uma obra que o
Senhor não entrega a ninguém. É tão importante para Ele que Ele mesmo é Quem faz
tudo.
O Papel do Senhor Nisso
Sabe, há outro lado deste assunto que temos observado
– e esse é o lado do Senhor. Você sabia que, quando Ele recebe uma resposta de
nosso coração, isso arrebata o Seu coração? É dito em Cantares 4:9: “Arrebataste-me o coração, minha irmã, noiva
minha; arrebataste-me o coração com um só dos teus olhares” (ARA). A noiva virou-se, olhou para o
noivo, e ele quase se derreteu! Oh, o Senhor aprecia o nosso amor. Pense no
coração d’Ele nesta tarde. Ele fica grandemente comovido ao ver até o menor movimento
de nosso coração em direção a Ele.
Deixe-me te perguntar: “Você quer fazer o Senhor
feliz? Você quer trazer-Lhe gozo?” Então, dê a Ele o seu coração. Ele diz: “Dá-me, filho meu, o teu coração” (Pv
23:26). Pense nisto; você pode levar deleite ao coração do Criador do universo
dando a Ele o seu amor! Podemos dar a Ele nosso amor, não somente
agradecendo-Lhe e O louvando, mas também fazendo as coisas que O agradam. Ele
disse: “Se Me amais, guardai os Meus
mandamentos” (Jo 14:15). E quando o fazemos, algo estranho e inexplicável
acontece: ficamos supremamente felizes. Isto é, sem dúvida, o segredo para uma
vida Cristã feliz e frutífera. Se simplesmente parássemos de tentar nos fazer
felizes, buscando prazer em todas as coisas em que gastamos nosso dinheiro e
tempo, e tentássemos fazer o Senhor feliz, encontraríamos a verdadeira
felicidade. Aqueles que descobriram este segredo encontraram o verdadeiro
significado da vida. Eles são as pessoas mais felizes deste mundo. “Bem-aventurado [feliz – TB] é o povo cujo
Deus é o Senhor” (Sl 144:15). Ele é o eterno Amante da sua alma; dê a Ele o
seu amor e você não se arrependerá de o ter feito.
4) Ele Nos Faz Grandes e Preciosas Promessas
Agora vamos a 2 Pedro 1:3-4: “Visto como o Seu divino poder nos deu tudo o que diz respeito à vida e
piedade, pelo conhecimento daqu’Ele que nos chamou pela Sua glória e virtude;
Pelas quais Ele nos tem dado grandíssimas e preciosas promessas”. Já
tocamos no assunto que diz respeito à “vida
e piedade” como sendo a provisão do Senhor para nosso caminho para o céu, mas
há algo além aqui que eu gostaria de focar: “as grandíssimas e preciosas
promessas”. Isto é outra coisa que o Senhor tem feito para atrair nosso
coração – Ele nos fez muitas grandes e
preciosas promessas.
Diferentemente de muitos homens neste mundo, o Senhor
não faz promessas e depois não as cumpre. As jovens têm sido advertidas sobre
homens que fazem promessas de momento. Uma promessa quebrada
significa um coração partido. Mas o Senhor não é assim. Não temos que nos
preocupar com Ele em quebrar qualquer de Suas promessas. Tudo o que Ele diz
pode-se confiar “porque todas quantas
promessas há de Deus, são n’Ele sim, e por Ele o Amém” (2 Co 1:20).
Gostaria de chamar sua atenção para a tradução mais
precisa deste versículo por J. N. Darby, o qual diz: “Ele nos tem dado as maiores e preciosas promessas”.
Lembre-se de que Pedro estava escrevendo a judeus convertidos. A nação de
Israel tinha recebido algumas grandes promessas do Senhor por meio seus
antepassados, mas Pedro contrasta essas grandes promessas com o que eles tinham
agora, já que tinham se tornados Cristãos. Eles tinham as “maiores” promessas de todas! Israel tinha recebido grandes
promessas, mas os Cristãos têm as maiores promessas! Alguém disse que havia
30.000 promessas na Bíblia, e que as maiores delas tinham sido feitas aos Cristãos.
Então, quais são algumas destas grandes promessas?
Bem, relacionar todas poderia levar o resto da tarde, mas eu vou selecionar
algumas.
- Existe Sua promessa de longevidade de relacionamento. Ele diz: “Não te deixarei, nem te desampararei” (Hb 13:5). Quantas mulheres
ouvem um homem dizer: “Não te deixarei” e, contudo, a deixa? Isto não
acontecerá com o Senhor.
- Existe Sua promessa de segurança. Sua Palavra diz: “Ora, àqu’Ele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e
apresentar-vos irrepreensíveis, com alegria, perante a Sua glória” (Jd 24).
Ele nos protegerá e nos guardará em segurança perto de Si mesmo (Dt 33:12).
- Existe a promessa de doce comunhão com Ele todos os dias de nossa vida. Ele disse: “Aquele que Me ama será amado de Meu Pai, e Eu o amarei, e Me
manifestarei a ele” (Jo 14:21). Em alguns relacionamentos conjugais não há
muita comunicação. Mas isso não é o que o Senhor quer em nosso relacionamento
com Ele.
- Existe Sua promessa de ter uma vida feliz e realizada. Ele
disse: “Quem perder a sua vida por amor de Mim,
achá-la-á” (Mt
16:25). Se dedicarmos nossa vida à Sua causa na Terra, vamos encontrar o
verdadeiro significado de uma vida realizada.
- Existe Sua promessa de ter um tesouro no céu. Ele disse: “Vai, vende tudo quanto tens, e dá-o aos pobres, e terás um tesouro no
céu” (Mc 10:21).
- Existe Sua promessa de orações respondidas. Ele disse: “Tudo quanto pedirdes em Meu nome Eu o farei, para que o Pai seja
glorificado no Filho” (Jo 14:13-14).
- Existe Sua promessa de sabedoria para as muitas decisões que encaramos
na vida. Ele
disse: “E, se algum de vós tem falta de
sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e o não lança em rosto,
e ser-lhe-á dada” (Tg 1:5).
- Existe Sua promessa de estar no meio daqueles reunidos ao Seu nome. Ele disse: “Onde estiverem dois ou três reunidos em Meu nome, aí estou Eu no meio
deles” (Mt 18:20).
- Existe Sua promessa de futuras recompensas no reino. Ele disse: “Bem-aventurado aquele servo que o Senhor, quando vier, achar servindo
assim. Em verdade vos digo que o porá sobre todos os Seus bens” (Mt
24:46-47).
- Existe Sua promessa de vir outra vez e nos levar para a casa de Seu Pai
no céu. Ele disse:
“Na casa de Meu Pai há muitas moradas;
se não fosse assim, Eu vo-lo teria dito, vou preparar-vos lugar. E, se Eu for e
vos preparar lugar, virei outra vez e vos levarei para Mim mesmo, para que,
onde Eu estiver, estejais vós também” (Jo 14:2-3).
- Existe a promessa de tornar-se moral e fisicamente como Ele. Ele “transformará o nosso corpo abatido [corpo de humilhação – JND], para ser conforme o Seu corpo glorioso”
(Fp 3:21; 1 Jo 3:2).
- Existe Sua promessa que reinaremos com Ele em Seu reino. Sua Palavra diz: “Se sofrermos, também com Ele reinaremos” (2 Tm 2:12; Lc 22:29).
Não temos tempo para ver agora, mas eu acho que a
história de Davi e Abigail ilustra isto (1 Sm 25). Eles são outra figura de
Cristo e da Igreja. Ele fez uma promessa maravilhosa para ela, e isso inclinou o
coração dela em profunda apreciação. Ele pediu-lhe para ser sua esposa e
compartilhar o trono em Israel com ele. Mas naquele momento tudo era uma
promessa, porque ele ainda não tinha o trono. Isso produziu a resposta certa
nela – a tornou disposta a ir e ser sua esposa. Na verdade, ela estava com
pressa. É dito: “Abigail se apressou, e
se levantou, e montou num jumento com as suas cinco moças que seguiam as suas
pisadas; e ela seguiu os mensageiros de Davi, e foi sua mulher” (1 Sm
25:42).
As muitas promessas que o Senhor fez a nós são todas
com a intenção de despertar as afeições de nosso coração. Eu creio que se
considerarmos o que o Senhor prometeu, isso terá um profundo efeito em nós e
nos tornará apressados – como Abigail foi – a fazer “a Sua boa vontade”.
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